A Idade da Sabedoria desconhece a Síndrome da Fragilidade e Arrasa no Atendimento ao Cliente

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ser idoso em um país desenvolvido corresponde a faixa da população que possui 60 anos, e 65 anos em países em desenvolvimento. São características da chamada “terceira idade”: rugas, manchas na pele, alteração na cor dos cabelos para cinza ou branco, diminuição dos reflexos e da capacidade auditiva e visual, perda de habilidades, raciocínio e memória comprometidos, e a possibilidade do desenvolvimento de doenças como Incontinência Urinária e o Mal de Alzheimer.

Em oposição ao estereótipo citado acima, o mercado de trabalho vêm reconhecendo o equívoco realizado anteriormente, e têm inserido cada vez mais esta parcela da população que apresenta, nível de comprometimento, responsabilidade, experiência, paciência e qualidade no atendimento ao cliente, não vistos antes.

Como uma via de mão dupla, o mercado de trabalho ganha com esta nova postura, mas, os “idosos” ganham ainda mais. Ao retornar ao mercado de trabalho, o aposentado sai da condição de isolamento social, convive com uma diversidade de gerações e ainda favorece a sua condição financeira. Sendo este último, motivo de muita discussão.

Com muita luta a sociedade brasileira conquistou o direito de ter uma velhice “digna” após inúmeros anos de dedicação ao trabalho, cabendo a Previdência Social a busca do equilíbrio entre jovens e idosos. Quem continua na ativa é quem deve pagar os benefícios de quem não está mais trabalhando. Entretanto, a realidade mostra que mesmo aposentados, os “novos idosos” continuam a trabalhar, mostrando que ainda possuem capacidade de trabalho e que a aposentadoria passou a ser uma renda adicional.

Em uma sociedade em que casamentos são constantemente desfeitos, filhos voltam a morar com os pais e muitas vezes acompanhados da terceira geração da família, a responsabilidade do idoso como chefe da família cresce, e a sua renda passa a ser fundamental no orçamento mensal. Desta forma, o aposentado se vê forçado a exercer a sua profissão até quando seu corpo conseguir suportar.

Outra polêmica nesta temática é a definição da aposentadoria por tempo de trabalho ou idade mínima. No caso da adoção da idade mínima, mais uma vez os menos favorecidos, que iniciam a jornada de trabalho precocemente, ficariam em desvantagem ao se aposentar na mesma idade de profissionais que iniciaram a sua carreira após a graduação, especialização, doutorado, adentrando no mercado de trabalho entre 25 e 30 anos.

Por sua vez, a aposentadoria por tempo de trabalho acabar por aposentar indivíduos ainda “jovens” (com idade média de 53 anos), o que contribui para o déficit da Previdência. Se em 1940 a cada aposentado haviam 31 contribuintes, hoje a relação é de menos de dois contribuintes para cada beneficiário.

Deixando a parte burocrática para o Governo e nos atentando a imagem do “aposentado trabalhador” diante da sociedade, constatamos aspectos negativos sendo deixados de lado, ou ao menos sendo retardados como o isolamento, a perda do papel social, da autonomia e a restrição financeira. Tudo indica que até mesmo a redução do funcionamento cognitivo é reduzida, afastando doenças degenerativas com o Mal de Alzheimer.

Podemos concluir que a “Síndrome da Fragilidade” está longe de ser uma ameaça, o que pode contribuir para o aparecimento de sintomas depressivos, ansiosos ou de outras naturezas é a “esperada e temida” morte de amigos e parentes comum na terceira idade, e a saúde em declínio que acaba por demandar mais uma vez a questão financeira.

Temática polêmica sim, mas também, muito otimista e positiva para todos nós que faremos parte desta geração de “Novos Idosos” ou “Idade da Sabedoria” como já são vistos no Japão e passaram a ser vistos nos demais países. Em tempo: e que em nada se parecem com a figura da avó fazendo crochê, de vestidinho florido e coque nos cabelos brancos.

Inserção social é palavra de ordem e realidade neste cenário!

Fontes:
Melhor Idade
Plena Mulher

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